quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

O Professor...

Quando…
É jovem, não tem experiência.
É velho, está superado.
Não tem carro, é um coitado.
Tem carro, chora de “barriga cheia”.
Fala alto, vive gritando.
Fala baixo, ninguém escuta.

Não falta às aulas, é um Caxias.
Precisa faltar, é um turista
Conversa com outros professores, está detonando os alunos.
Não conversa, é um desligado.
Dá muita matéria, não tem dó dos alunos.
Dá pouca matéria, não prepara os alunos.

Brinca com a turma, é metido a engraçado.
Não brinca com a turma, é um chato.
Chama a atenção, é um grosso.
Não chama à atenção, não se impõe.

A prova é longa, não dá tempo.
A prova é curta, tira as chances dos alunos.
Escreve muito, não explica.
Explica muito, o caderno não tem nada.

Fala corretamente, ninguém entende.
Fala a língua do aluno, não tem vocabulário.
Se exige, é rude.
Se elogia, é debochado.

O aluno é reprovado, é perseguição.
O aluno é aprovado, “deu mole”.

Ainda ter que ouvir um negócio desses é lasca… e ainda dizem que vida de professor é fácil…

Dizem que é fácil… Mas dizer é fácil…difícil é ser. Mas se fosse fácil talvez não tivesse graça nem importância… E assim a gente segue, ensinando e também aprendendo...

sábado, 28 de novembro de 2009

Geografia dos Continentes (Europa - África - Ásia)

EUROPA

O continente europeu é um dos menores continentes, superando somente a Oceania, diante disso, ocupa uma área territorial de 10.530.751 quilômetros quadrados que corresponde a 7% das terras emersas do planeta, esse continente possui uma particularidade, está fisicamente ligado à Ásia, juntos são conhecidos como Eurásia.

Outros definem a Europa não como um continente mais sim como uma imensa península, devido o seu litoral recortado. A Europa está localizada no oeste da eurásia, seu território permanece quase em sua totalidade no oriente, acima do paralelo do Equador, ou seja, no hemisfério norte. O território desse continente se limita ao Oceano Glacial ao norte, com os mares Mediterrâneo e Negro ao sul, Oceano Atlântico a oeste e com os Montes Urais, o Rio Ural e o Mar Cáspio no leste.

No continente europeu existem muitos países, dentre esses o de maior território é a Rússia, com 40% da área total, o restante abriga 40 países, na maioria pequenos. Apesar de muitos países europeus possuírem territórios relativamente restritos, tornaram-se verdadeiras potências políticas e econômicas mundiais, tais como Reino Unido, Alemanha, França e Itália, que fazem parte do G-8 (grupo dos países mais ricos do mundo)



Quanto às características físicas ou naturais, a Europa apresenta uma série de particularidades, diante disso apresentamos os principais aspectos do relevo, hidrografia, clima e vegetação.

Relevo



O relevo europeu é constituído basicamente por duas unidades de relevo que são as planícies e os maciços antigos, ocupando especialmente o centro e o norte do continente. Existem também os dobramentos modernos que são compostos por áreas montanhosas, provenientes do pouco tempo de processo erosivo, portanto sofreu pouco desgaste, essa característica é comum desde o sul até a Península Ibérica.

Dentre os dobramentos modernos e de relevo mais elevado os principais são: os Pireneus, ocupa uma área de 450 quilômetros entre os limites territoriais da França com a Espanha, em alguns pontos as altitudes podem atingir 3.000 metros. Os Alpes, ocorre em uma extensão de 1.100 quilômetros e atravessa o território da França, Itália, Alemanha, Suíça e Áustria; e o ponto mais elevado é o Monte Branco com 4.807 metros. Os Apeninos se encontram na Itália e percorrem o território de norte a sul, em pelo menos 1.500 quilômetros, essa região abriga vulcões sendo que alguns são ativos. Cárpatos ocorre nas terras da Eslováquia, Polônia, Ucrânia e Romênia e o Cáucaso está situado entre o Mar Negro e o Mar Cáspio nos territórios da Rússia, Geórgia, Armênia e Azerbaijão



Hidrografia

Devido à composição climática existente na Europa os rios presentes no continente são relativamente pequenos quanto a seu curso e volume, apesar das limitações, esses mananciais foram sempre muito importantes para as atividades desenvolvidas na região, especialmente por se tratar de rios navegáveis. Nesse sentido, os rios principais do continente europeu são: rio Reno (1.300 km de extensão) que nasce nos Alpes; Sena (770 km de extensão), sua nascente está localizada ao sudeste de Paris; Ródano (800 km de extensão), nascente nos Alpes suíços; Volga (3.531 km de extensão), nasce a noroeste de Moscou e Danúbio (mais de 2.800 km de extensão), nasce nos Alpes alemães.

Clima

A Europa está localizada na zona temperada da Terra, dessa forma, apresenta climas de temperaturas mais amenas, dentre as particularidades de cada região podem ser identificados diversos tipos de climas, sendo que os principais são:

Clima de montanha: ocorre especialmente em áreas de relevo de grandes altitudes, como os Alpes e Pireneus, nessas áreas as chuvas são bem distribuídas durante todo o ano, essas se desenvolvem de forma mansa e rápida, os invernos são extensos e rigorosos, constituídos por nevadas e geadas.

Temperado oceânico: é formado por um elevado índice pluviométrico, especialmente na primavera e no inverno, e temperaturas amenas.

Temperado continental: ocorre no centro e leste da Europa, as chuvas desenvolvem com menos incidência que no temperado oceânico e amplitudes térmicas mais elevadas.

Subpolar: predomina em áreas próximas à região ártica, é constituída por duas estações bem definidas, sendo que o inverno é extremamente rigoroso e longo, com temperaturas que atingem -50ºC e verão com período bastante restrito, com temperaturas que variam entre 16ºC e 21°C.

Mediterrâneo: esse tipo de clima é típico do sul da Europa com verões quentes e invernos mais amenos em relação a outras regiões do continente, nesse há duas estações bem definidas, seca no verão e chuvosa no inverno.



Vegetação

A composição vegetativa da Europa é variada devido os diferentes solos e climas, desse modo, podem ser identificados diversos tipos de vegetações, dentre elas estão:

Tundra: essa cobertura vegetal é comum em regiões de clima subpolar, vegetação constituída por musgos, gramíneas, arbustos e liquens, flora proveniente da junção de fungos e algas.

Floresta coníferas: composição vegetativa constituída por pinheiros em áreas do sul.

Floresta temperada: é composta por pinheiros, além de árvores como a faia e o carvalho, esses vegetais têm característica de perder as folhas no inverno, conhecidos por floresta caducifólia.

Estepes: vegetação composta por herbáceas ou gramíneas provenientes dos solos férteis.

Vegetação mediterrânea: é composta por xerófilas, plantas típicas de regiões secas, tais como maquis e garrigues.

Conhecido como “velho mundo”, o continente europeu limita-se a oeste com o Oceano Atlântico, ao sul com o Mediterrâneo, ao norte com o oceano Glacial Ártico e a leste com a Ásia, sendo que os Montes Urais formam uma divisa natural nesta parte do continente.

A importância do continente europeu reside no fato de este ter sido o palco das maiores transformações da história da humanidade e de algumas de suas mentes mais brilhantes, como a Segunda Guerra, a Revolução Industrial na segunda metade do século XVIII e as teorias de Copérnico e Einstein, europeus que mudaram a história da ciência.

A geografia política da Europa é totalmente determinada pela história desse continente. Após inúmeros séculos de ocupações, invasões e revoluções, a Europa chegou ao seu formato atual, embora ainda instável em algumas regiões como a Geórgia, a questão Basca, etc.
Atualmente a mudança mais significativa é a formação do grande bloco econômico da União Européia (UE) que abrange 15 países do total de 48 do continente. Entre os países da UE foram abolidas todas as barreiras comerciais e de fronteira permitindo-se o trânsito livre entre estes países.



Por se localizar totalmente no hemisfério norte e com uma altitude que fica em torno de 340m, o continente europeu apresenta climas frios e temperados, divididos em três tipos principais: o oceânico que abrange a faixa da Noruega até Portugal, o clima continental em parte da Alemanha, e nos países bálticos até a Polônia, e o clima mediterrâneo nos países da costa, chegando até a França.

Esse clima propicia o surgimento das vegetações de Tundra mais ao norte, do bosque boreal ou de coníferas ao sul dessa área, bosques temperados nas regiões costeiras com uma variação na costa mediterrânea, apresentando espécies típicas desse local como as azinheiras e os sobreiros, e estepes que se estendem da Hungria até a Ucrânia. Embora seja o continente mais explorado pelo homem, ele ainda abriga uma quantidade considerável de espécies de animais e de vegetais, sendo que nas regiões montanhosas encontram-se espécies típicas como o alce e o cabrito montês.

A baixa altitude do continente e o clima não tão extremo quanto em outras partes do globo, facilitaram a ocupação do lugar por povos vindos de outras regiões da Europa que foram decisivos no processo de diferenciação da cultura, como por exemplo, os povos de origem germânica (Visigodos, Ostrogodos, saxões, etc.) que deram origem às chamadas “invasões bárbaras” durante os séculos IV e V.

Atualmente os descendentes desses povos, que formam a atual população européia, habitam uma área total de 10.349.915km² totalizando 745.500.000 pessoas (em 2000) fazendo da Europa o continente mais urbanizado do mundo.
Pertencem ainda ao continente europeu algumas ilhas distribuídas pela costa do Atlântico Norte e do Mediterrâneo como, as Ilhas Britânicas, Islândia, Sicília, Sardenha, Córsega, Creta, Malta e Chipre.

74% da população da Europa vive em cidades totalizando uma população de 551.670.000 pessoas com uma densidade de 72,03 habitantes/km², a maior do mundo. O PIB per capita fica em torno de US$12.813,00, podendo variar muito entre os países.

Por quase todo o continente sobressai o tipo caucasóide (branco) com algumas exceções de povos de origem mongolóide e as línguas predominantes são aquelas de origem latina como o francês e o italiano.

Quanto ao relevo, na região setentrional do continente encontramos bacias sedimentares, planícies e maciços montanhosos que se estendem até a região meridional onde se encontram os pontos mais altos do continente.

ÁFRICA



É o terceiro continente mais extenso (atrás da Ásia e das Américas) com cerca de 30 milhões de quilômetros quadrados, cobrindo 20,3 % da área total da terra firme do planeta. É o segundo continente mais populoso da Terra (atrás da Ásia) com cerca de 900 milhões de pessoas, representando cerca de um sétimo da população do mundo, e 53 países independentes.

A África costuma ser regionalizada de duas formas, a primeira forma, que valoriza a localização dos países e os dividem em cinco grupos, que são a África setentrional ou do Norte, a África Ocidental, a África central, a África Oriental e a África meridional.



A segunda regionalização desse continente, que vem sendo muito utilizada, usa critérios étnicos e culturais (religião e etnias predominantes em cada região), é dividida em dois grandes grupos, a África Branca ou setentrional formado pelos oito países da África do norte, mais a Mauritânia e o Saara Ocidental, e a África Negra ou subsaariana formada pelos outros 44 países do continente.



A África subsaariana corresponde à região do continente africano a sul do Deserto do Saara, ou seja, aos países que não fazem parte do Norte de África.
A palavra subsariana deriva da convenção geográfica eurocentrista, segundo a qual o Norte estaria acima e o Sul abaixo (daí o prefixo latino sub).

Efetivamente, o Deserto do Saara, com os seus cerca de 9 milhões de quilômetros quadrados, forma uma espécie de barreira natural que divide o continente africano em duas partes muito distintas quanto ao quadro humano e econômico. Ao norte encontramos uma organização sócio-econômica muito semelhante à do Oriente Médio, formando um mundo islamizado. Ao sul temos a chamada África Negra, assim denominada pela predominância nessa região de povos de pele escura.

O relevo africano, predominantemente planáltico, apresenta considerável altitude média - cerca de 750 metros. As regiões central e ocidental são ocupadas, em sua totalidade, por planaltos intensamente erodidos, constituídos de rochas muito antigas e limitados por grandes escarpamentos.

Os planaltos contornam depressões cortadas por rios, nas quais também se encontram lagos e grandes bacias hidrográficas, como as do Nilo, do Congo, do Chade, do Níger, do Zambeze, do Limpopo, do Cubango e do Orange.
Ao longo do litoral, situam-se as planícies costeiras, por vezes bastante vastas. Destacam-se, a oeste e nordeste do continente, as planícies associadas ao delta do Níger e a da Mauritânia-Senegal, respectivamente, a sudoeste, a do Namibe e a leste, a de Moçambique.

Na porção oriental da África encontra-se uma de suas características físicas mais marcantes: uma falha geológica estendendo-se de norte a sul, o Grande Vale do Rift, em que se sucedem montanhas, algumas de origem vulcânica e grandes depressões. É nessa região que se localizam os maiores lagos do continente, circundados por altas montanhas, de mencionar o Quilimanjaro (5895 metros), o monte Quênia (5199 metros) e o Ruwenzori (5109 metros).
Podemos destacar ainda dois grandes conjuntos de terras altas, um no norte, outro no sul do continente:
a Cadeia do Atlas, que ocupa a região setentrional do Marrocos, da Argélia e da Tunísia. É de formação recente a apresenta montanhas cujos picos chegam a atingir 4000 metros de altura; nesta região, o subsolo apresenta significativas reservas de petróleo, gás natural, ferro, urânio e fosfato.
a cordilheira do Karoo, na África do Sul. É de formação antiga, culminando nos Montes Drakensberg, com mais de 3400 metros de altura.
Completando uma visão do relevo africano, é possível observar ainda a existência de antigos maciços montanhosos em diferentes pontos do continente: o da Etiópia, formado a partir de erupções vulcânicas, o de Fouta Djalon e o de Hoggar, além de vários outros.

O Planalto Central Africano assinala o início de inclinação do relevo africano, do leste para o continente, que favorece a drenagem de bacias fluviais interiores, como as dos rios Congo, Zambeze e Orange.
O Equador divide a África em duas partes distintas: o norte é bastante extenso no sentido leste-oeste; o sul, mais estreito, afunila-se onde as águas do Índico se encontram com as do Atlântico. Quase três quartos do continente estão situados na zona intertropical da Terra, apresentando, por isso, altas temperaturas com pequenas variações anuais.

Distinguem-se na África os climas equatorial, tropical, desértico e mediterrâneo.
O clima equatorial, quente e úmido o ano todo, abrange parte da região centro-oeste do continente; o tropical quente com invernos secos domina quase inteiramente as terras africanas, do centro ao sul, inclusive a ilha de Madagascar; o clima desértico, por sua vez, compreende uma grande extensão da África, acompanhando os desertos do Saara e de Calaari.

O clima mediterrâneo manifesta-se em pequenos trechos do extremo norte e do extremo sul do continente, apresentando-se quente com invernos úmidos. No Magrebe, a agricultura é importante, cultivando-se vinhas, oliveiras, cítricos e tâmaras, enquanto que no sul, principalmente na península do Cabo, o vinho, introduzido pelos imigrantes franceses, no século XVII, é igualmente uma fonte de riqueza local.
A pluviosidade na África é bastante desigual, sendo a principal responsável pelas grandes diferenças entre as paisagens africanas. As chuvas ocorrem com abundância na região equatorial, mas são insignificantes nas proximidades do Trópico de Câncer, onde se localiza o Deserto do Saara, e do Trópico de Capricórnio, região pela qual se estende o Calaari.



Localizados no interior do território africano, os desertos ocupam grande parte do continente. Situam-se tanto ao norte (Dyif, Iguidi, da Líbia - nomes regionais do Saara) quanto ao sul (da Namíbia - denominação local do Deserto de Calaari).
Tendo as regiões norte e sul praticamente tomadas por desertos, a África possui relativamente poucos rios. Alguns deles são muito extensos e volumosos, por estarem localizados em regiões tropicais e equatoriais; outros atravessam áreas desérticas, tornando a vida possível ao longo de suas margens.

A maior importância cabe ao rio Nilo, o segundo mais extenso do mundo (após o Solimões-Amazonas), cujo comprimento é superior a 6.500quilômetros. Nasce nas proximidades do Lago Vitória, percorre o nordeste africano e deságua no mar Mediterrâneo. Forma, com seus afluentes, uma bacia de quase três milhões de quilômetros quadrados, cinco vezes mais extensa que o estado de Minas Gerais.

O vale do rio Nilo, abaixo da confluência entre o Nilo Branco e o Nilo Azul, apresenta um solo extremamente fértil, no qual se pratica intensamente a agricultura, onde as principais culturas são o algodão e o trigo. As grande civilizações egípcia e de Meroé, na Antiguidade existiram, em parte, em função de seu ciclo anual de cheias.
Além do Nilo, outros rios importantes para a África são o Congo, o Níger e o Zambeze. Menos extensos, mas igualmente relevantes, são o Senegal, o Orange, o Limpopo e o Zaire.



No que se refere aos lagos, a África possui alguns mais extensos e profundos, a maioria situada no leste do continente, como o Vitória, o Rodolfo e o Tanganica. Este último, com quase 1.500 metros de profundidade, evidencia com mais ênfase a grande falha geológica na qual se alojaram os lagos. O maior situado na região centro-oeste é o Chade.

Nas áreas de clima equatorial as chuvas são abundantes o ano inteiro; graças à pluviosidade, a vegetação dominante é a floresta equatorial densa e emaranhada. Ao norte e ao sul dessa faixa, onde o verão é menos úmido e a região está sujeita às influências marítimas, aparecem as savanas, que constituem o tipo de vegetação mais abundante no continente. Circundam essa região zonas em que as temperaturas são mais amenas, a pluviosidade menor e as estações secas bem pronunciadas. Aí se encontram estepes, que, à medida que alcançam áreas mais secas, tornam-se progressivamente mais ralas, até se transformarem em regiões desérticas.

Ao longo do litoral do mar Mediterrâneo e da África do Sul, sobressai a chamada vegetação mediterrânea, formada por arbustos e gramíneas. Nesta área concentra-se a maior parte da população branca do continente.

Como parte significativa de sua vegetação está preservada, a África conserva ainda numerosos espécimes de sua fauna: a floresta equatorial constitui abrigo, principalmente, para aves e macacos; as savanas e estepes reúnem antílopes, zebras, girafas, leões, leopardos, elefantes, avestruzes e animais de grande porte em geral.



ÁSIA



A Ásia é o maior continente da Terra, com 8,6% da superfície planetária (ou 29,5% das terras emersas). Parte oriental da Eurásia, a Ásia é também o continente mais populoso, com mais de 60% da população mundial.

Localizada principalmente nos hemisférios oriental e setentrional, a Ásia costuma ser definida como a porção da Eurafrásia (o conjunto África-Ásia-Europa) que se encontra a leste do mar Vermelho, canal de Suez e montes Urais, e ao sul do Cáucaso e dos mares Cáspio e Negro. É banhada a leste pelo oceano Pacífico (mar da China Meridional, mar da China Oriental, mar Amarelo, mar do Japão, mar de Okhotsk e mar de Bering), ao sul pelo oceano Índico (golfo de Áden, mar Arábico e golfo de Bengala) e ao norte pelo oceano Ártico.

A área territorial da Ásia é de aproximadamente 44,5 milhões de quilômetros quadrados, que correspondem a quase um terço de todas as terras emersas do planeta Terra. Nela vivem mais de três bilhões de habitantes, número que ultrapassa a metade da população mundial, resultando na extraordinária densidade demográfica de cerca de 70 habitantes por quilômetro quadrado.

Esse extenso território é cortado por três paralelos: no extremo norte, em território da Rússia, pelo Círculo Polar Ártico; no sul, pelo Trópico de Câncer; e, na parte central da Indonésia, pelo Equador.

Localizada quase totalmente no hemisfério norte, com apenas uma parte das ilhas meridionais da Indonésia ocupando o hemisfério sul, a Ásia estende-se de 10 graus de latitude sul a 80 graus de latitude norte. Distribuindo-se inteiramente pelo hemisfério oriental, estende-se de 25 para além de 180 graus de longitude leste.

Por constituir uma grande extensão continental de norte a sul, a Ásia ocupa todas as áreas climáticas do hemisfério norte: equatorial, tropical,temperada e polar. Estendendo-se grandiosamente também de leste a oeste, é cortada por 11 fusos horários.

O continente asiático apresenta contrastes: vastas planícies aluviais e costeiras e grandes planaltos com altíssimas cordilheiras, que se estendem por uma vasta área do centro-sul, desde a Turquia até a Indonésia. Isso tudo faz da Ásia o único continente com quase mil metros de altitude média. As mais altas montanhas localizam-se na cordilheira do Himalaia, mas há outras espalhadas por todo o território, estando localizadas na Ásia as 18 montanhas mais altas do mundo.

O relevo asiático se caracteriza por apresentar contrastes extremos de altitude:
As mais elevadas cordilheiras e planaltos da Terra: Himalaia, Pamir e Tibete, onde se localizam os pontos mais altos do globo: (Everest, 8.840 metros, Kanchenjunga, 8.598 metros, e muitos outros, com altitudes superiores a 7.000 metros).
As maiores depressões absolutas do planeta: o Mar Morto, 395 metros.

Algumas regiões banhadas pelo oceano Pacífico pertencem ao Círculo de Fogo, ou seja, devido a sua formação geológica recente estão sujeitas a erupções vulcânicas e a terremotos. É o caso do Japão e da Indonésia.

Alguns planaltos são muito altos e se intercalam às cordilheiras, como é o caso do Pamir e do Tibete, contrastando com outros mais antigos, de altitudes menos elevadas, como os da Armênia, do Decã.



As planícies fluviais asiáticas são recobertas com o aluvião trazido pelos rios que as percorrem e que se dirigem principalmente para os oceanos Índico e Pacífico. As principais planícies fluviais são a Indo-gangética (Índia), a Mesopotâmica (Iraque), a Siberiana (Rússia) e as dos rios Yang-tsé(China) e Mekong (Vietnã).
O continente asiático projeta, em direção aos oceanos que o circundam, diversas penínsulas, sendo as principais a da Anatólia, a Arábica, a Hindustânica, a da Indochina e a da Coréia.

A vasta extensão territorial e, portanto, as diferenças de latitude, a presença alternada de áreas baixas e elevadas, a grande influência das massas de ar e ainda a continentalidade e a maritimidade trazem para o continente grande variedade de tipos de clima e, conseqüentemente, de formações vegetais.

Nas terras situadas no extremo norte predomina o clima polar, que vai se tornando mais ameno em direção ao sul. O centro do continente, por situar-se distante de influências marítimas e, em parte, devido à altitude do relevo, que bloqueia a passagem dos ventos oceânicos, é dominado pelo clima temperado continental, que alterna verões de elevadas temperaturas com invernos muito frios. Já o temperado oceânico, ocupando grandes extensões do continente, sofre variações em função da altitude do relevo, da latitude e da maritimidade.

Mais para o sul, à retaguarda das grandes cordilheiras, que impedem a passagem dos ventos úmidos do oceano, encontram-se vastas extensões dominadas por climas semi-áridos e clima áridos, formando uma extensa faixa de desertos. A Ásia abriga a maioria dos desertos existentes na Terra: da Arábia (Arábia Saudita), da Síria, de Thal (Paquistão), do Thar (ou Grande Deserto Indiano), de Lut (ou deserto do Irã), de Gobi(Mongólia), de Taklamakan (China), Karakum (Turcomenistão), Kerman (Irã), da Judéia (Israel), de Negev (Israel).

No litoral da Ásia Ocidental surge uma faixa estreita de clima do tipo mediterrâneo, enquanto nos arquipélagos do sul do continente, nas proximidades do Equador, aparecem climas de tipo quente: equatorial e tropical.

Entre todos os tipos de clima da Ásia, no entanto, o que mais diretamente influi nas condições de vida locais, sobretudo orientando as atividades agrícolas, é o tropical de monções. Abrangendo as regiões mais populosas do continente, estende-se pelas planícies costeiras da Índia e do sudeste e leste da China, com violentas chuvas durante o verão. Caracteriza-se pela atividade dos ventos, conhecidos como monções, que sopram do Índico e do Pacífico para o continente durante o verão, e do interior da Ásia para esses oceanos durante o inverno.

A ocorrência de monções se deve ao fato de que as terras continentais aquecem-se e esfriam mais rapidamente do que as águas oceânicas. Durante o verão, o interior da Ásia, ao esquentar-se, forma uma área de baixa pressão, que contrasta com as altas pressões dos oceanos, provocando o deslocamento de ventos úmidos do mar para a terra. Esses ventos são as monções de verão. No inverno, ocorre o inverso: os oceanos estão mais quentes do que o continente, formando áreas de baixa pressão e atraindo os ventos continentais. São as monções de inverno.

Hidrografia
Tanto as chuvas abundantes da região influenciada pelos climas equatorial e tropical quanto a grande quantidade de neve derretida das altas montanhas favorecem a existência de grandes rios, que correm em quase todas as direções do continente asiático. Podemos destacar: rios que deságuam no Oceano Pacífico. Alguns têm grande volume de água devido às monções de verão. Merecem destaque os rios Huang-ho (ou Amarelo), Si-kiang e Yang-tsé-kiang (ou Azul), todos na China, além do Mekong, na Indochina; rios que deságuam no Oceano Índico. Alguns deles são também monçônicos e tornam-se muito volumosos durante o verão. Merecem destaquerios da Índia e de Bangladesh, como o Bramaputra, o Ganges e o Godavari, e o rio Indo, no Paquistão;
rios que correm para o norte e desembocam no Oceano Glacial Ártico. São exemplos os rios Obi, Ienisseie Lena, que congelam durante grande parte do ano. Como o degelo ocorre a partir de seus altos cursos, as águas, ao chegarem ao médio curso e encontrarem barreiras de gelo, esparramam-se por vastas extensões de suas margens, causando freqüentes inundações; Rios que desembocam no Golfo Pérsico. Merecem destaque o Tigre e o Eufrates, que formam a Planície da Mesopotâmia; Rios da Ásia Centro-oriental que deságuam em lagos. Podemos citar o Syr-Dariá e o Amu-Dariá, que desembocam no Mar de Aral, além de outros que desaparecem dentro do deserto.
A Ásia apresenta poucos lagos, embora de grande extensão, como o Baikal e o Balkhash, localizados na Rússia.

Se os lagos existem em pequeno número, os mares asiáticos aparecem com muito mais destaque: Mar Vermelho, que limita as costas africanas e asiáticas; Mar da Arábia; a sudeste, Mar da China Meridional, Mar da China Oriental, Mar de Andamã e Mar Amarelo; os mares da Indonésia: de Java, de Timor, de Banda, de Celebes; a nordeste, os mares de Okhotsk, do Japão e de Bering. No limite com a Europa, aparece o maior mar fechado do mundo, o Mar Cáspio.

Como as formações vegetais dependem do tipo de solo e principalmente do clima, a Ásia apresenta muitas variedades vegetais, ainda que parcialmente destruídas ou alteradas pela milenar ocupação humana.

No extremo norte do continente, junto ao pólo, não há condições para a existência de vegetação, porém mais ao sul, na Planície Siberiana, começam a surgir formações de tundra. Ainda rumo ao sul, à medida que o clima polar se torna menos intenso e o frio se estende por um número menor de meses, aparece a vasta região da taiga, quase integralmente pertencente à Rússia.

O maior destaque, entretanto, está nas estepes, que ocupam grandes extensões da Ásia Central, aparecendo em áreas de clima temperado continental.

Os arquipélagos situados ao sul do continente apresentam-se recobertos por florestas equatoriais e tropicais, não muito diferentes das que existem na Amazônia brasileira. Essas formações podem ser observadas também no centro-sul, onde igualmente se verifica a presença de savanas, em que a vegetação herbácea é dominante, apresentando arbustos e árvores em associações pouco densas, como o jângal na Índia.

Registra-se ainda a ocorrência de florestas temperadas em extensões consideráveis no Extremo Oriente e de vegetação xerófita nas áreas desérticas ou semi-áridas do continente.



Essa última imagem representa a região da Ásia atingida pelos ventos monçônicos... Todos os detalhes form passados em sala.

sábado, 26 de setembro de 2009

Para relaxar...

Há um tempo caiu nas minhas mãos um livro, o título é: Luta nas Classes 1001 maneiras de detonar seu professor. A princípio achei a idéia desse livro ridícula, Mas com um pouco de leitura e ouvindo algumas histórias desse livro comecei a rir, mas a rir muito, quem é professor sabe bem como é que acontece, vou aqui transcrever, na minha opinião, umas das melhores, lembrando que o livro vem dividido por Graus e Pós Graduação... Obviamente os nomes tanto das escolas quanto dos alunos foram mudados para nomes fictícios.
LÁ VAI...

A Chamada: Há milênios, desde que inventaram a chamada, que os alunos fazem piadas sem graça sobre a dita cuja. Aliás, o segredo é esse mesmo: obrigar o professor a ouvir as mesmas gracinhas idiotas, entra ano, sai ano, interminavelmente, SEMPRE. Isso produz a longo prazo um belo efeito cumulativo, que pode antecipar em alguns bons anos de aposentadoria dos mestres, por invalidez mental. As mais comuns são responder “presunto” ou “presidente” em vez de “presente”, e toda vez que o professor chamar o número 24, seja quem for o infeliz, fazer a maior zoada. Os nomes estranhos e poucos comuns podem provocar a mesma gritaria, aula após aula, semana após semana, mês após mês. E como toda turma sempre tem um aluno com o nome complicado, é uma distração muito interessante ficar esperando o momento em que o mestre vai ter de chamar o próprio. Se o professor errar, a reação tem que ser uma gritaria infernal.A turma do terceiro ano do segundo grau da Escola São Cristóvão, de Lambari MG, combinou o seguinte jogo: cada aluno deveria responder de maneira diferente ao ouvir o seu nome na chamada. O aluno que fizesse alguma repetição teria que dançar lambada nu na hora do intervalo. O primeiro é claro disse “presente” daí em diante foi “eu”, “aqui”, “to aqui”, “pronto”, “oi”, “opa”, “falou mestre”, “olha eu aqui”, “tamos ai professor”, etc. o problema é que haviam 72 alunos na classe, e as palavras foram se esgotando. Perto do fim da chamada o professor já estava ouvindo coisas como “Estou aqui querido mestre, muito satisfeito de ter comparecido a sua adorável aula”, “Eis-me presente, mais uma vez, a esta cerimônia educacional”, “como haveria eu de faltar, em minha ânsia de preencher meu ignóbil espírito com os quitutes de conhecimento que vossa majestade transmitr-me-á?” O professor foi passando de uma irritação inicial para um fúria assassina, e se descontrolou por completo quando, já no finalzinho da chamada (e da aula, pois a chamada a essa altura já tinha tomado 43 minutos), o aluno Zoroastro disse, em tom muito eloqüente: “Oh céus, vede aqui minha pessoa destrambelhada possuída pelo afrodisíaco afã supra-renal de um hiperbolóide luminescente nos qüinqüênios da virtude pornográfica! Hosanas! Hosanas!”.
“Hosanas é o cassete”, retrucou o professor, partindo para encher Zoroastro de porrada e desta forma se privando de ouvir os versinhos obscenos que Zwinglio, o ultimo da lista, tinha preparado com imenso cuidado.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Conflitos Armados e Terrorismo

Natureza dos conflitos
No mundo contemporâneo tem havido conflitos de várias naturezas.

Ø Lutas entre grupos étnicos diferentes. (controle político em um país)
Ø Uma nação lutando pela divisão de parte de um território estatal para constituir um novo Estado.
Ø Guerra entre dois Estados nacionais.

Atualmente uma das preocupações principais dos governos e cidadãos é o terrorismo, principalmente nos países desenvolvidos.

Os conflitos étnicos e nacionalistas
Na década de 1990, ao mesmo tempo que muitos Estados se empenharam em fazer acordos que visavam à maior integração econômica, social e política entre si, em outros ocorreu uma desintegração territorial, como foi o caso das antigas União Soviética (URSS) e Iugoslávia.
Em alguns países, mesmo não havendo fragmentação territorial, há movimentos separatistas de minorias étnicas que anseiam por autonomia, como bascos (Espanha), chechenos (Rússia), curdos (Turquia) e ibos (Nigéria). Em geral esse separatismos estão associados a movimentos nacionalistas que buscam a autodeterminação, o controle de um território e a formação de um Estado soberano, às vezes utilizando métodos terroristas.
Seguem algumas questões que discutimos.
Esses movimentos estão na contramão da história?
Qual é a tendência do mundo globalizado?
E a crescente integração, especialmente em nível regional?

O terrorismo

“Prática política de quem recorre sistematicamente à violência contra as pessoas ou as coisas provocando o terror.”
Dicionário de política: Noberto Bobbio
Características:
Ø Intimidar.
Ø Disseminar o medo.
Ø Atingir algum fim.
Ø Difusão de uma ideologia.
Ø Autonomia político-territorial.
Ø Auto-afirmação étnica ou religiosa. Etc.
Guerrilheiros e Terroristas
Guerrilheiros X Terroristas.
Em geral os guerrilheiros atacam alvos militares e pontos estratégicos do Estado em que atuam. Preocupam-se em fazer o mínimo de vítimas civis e procuram conquistar a simpatia e o apoio da população para a sua causa, porém as vezes podem lançar mão de métodos terroristas.
Já os terroristas procuram fazer o máximo de vítimas civis, com a intenção de causar pânico, e não se interessam em estabelecer nenhum diálogo com a população nem obter o seu apoio.

Exemplos de grupos guerrilheiros:
Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN), Nicarágua – 1979.
Organização pra Libertação da Palestina (OLP) – 1980.
Forças Revolucionárias Armadas da Colômbia (Farc) – ainda em atuação.



Há grupos que adotam táticas terroristas contra um Estado nacional tentando separar parte do seu território ou expulsar tropas de ocupação. Encaixam-se nessa definição o ETA (espanhol), o IRA (irlandês) e os grupos terroristas chechenos. É o caso também dos atuais grupos terroristas palestinos, como o Hamas e o Jihad Islâmica, que reivindicam territórios ocupados por Israel.
Há grupos que espalham o terror como afirmação do seu fundamentalismo religioso contra a hegemonia da sociedade cristã ocidental, representada pelos Estados Unidos. Parece ser o caso da rede terrorista Al Qaeda, liderada pelo milionário Osama Bin Laden.
Terrorismo praticado pelo Estado.

Ø URSS – Partido Comunista da União Soviética (PCUS), liderado por Josef Stálin, perseguia seus opositores e mandavam para campos de concentração nos anos 1920.

Ø Alemanha – Ascensão nazista sob a liderança de Hitler no início dos anos 1930. O Estado promoveu um verdadeiro processo de genocídio.

Ø África do Sul – Regime do apartheid (“Separação” em africâner), vigorou de 1948 a 1994. O aparelho estatal dominado pelos brancos explorava os negros, que viviam confinados em guetos, coagidos pela violência, sem direitos políticos mínimos.

Ø Brasil – Ditadura militar, de 1964 até 1985, quando milhares de pessoas foram presas, torturadas e até assassinadas, sem nenhum tipo de julgamento ou condenação, apenas porque faziam oposição ao governo vigente.
Principais grupos terroristas.
Ø Al Qaeda (“a base”)

Ø ETA (Euskadi Ta Askatasuna – “Pátria Basca e Liberdade)

Ø IRA (Irish Republican Army – Exército Republicano Irlandês)

Al Qaeda
Conhecida por outros nomes, como Frente Islâmica mundial pela Guerra Santa contra os Cruzados e também A Rede (ou Organização). Tem sua origem no final dos anos 1980, quando Osama Bin Laden ajudou a formar os mujahedins, combatentes islâmicos, em sua maioria árabes que foram lutar no Afeganistão contra a ocupação Soviética (1979 – 1989). Os mujahedins inicialmente receberam o apoio financeiro de Bin Laden e depois dos Estados Unidos. Além disso, os norte-americanos forneceram armas e treinamento militar aos combatentes no Afeganistão.

Expulsos os soviéticos, instaurou-se uma luta pelo poder no Afeganistão, com a vitória do movimento Taliban, apoiado pelo Paquistão. O novo regime passou a dar suporte à causa antiamericana de Bin Laden, convertendo o Afeganistão num centro de treinamento de terroristas.



ETA
Mais atuante movimento nacionalista separatista europeu é o da nação basca. A Região habitada pelos bascos abrange quatro províncias espanholas e três francesas, porém sua atuação se dá sobretudo no território espanhol.
O grupo, fundado em 1958 com o intuito de difundir os valores tradicionais da cultura basca, tinha fins pacíficos, não era uma organização terrorista. Porém, com a perseguição do governo espanhol, na época sob a ditadura do general Francisco Franco, que durou de 1939 a 1975, o grupo foi posto na clandestinidade em 1966 e iniciou sua atuação terrorista. Desde então os alvos fazem parte do governo espanhol, dentro e fora das províncias bascas.

IRA
A Irlanda foi integrada em 1801 ao reino Unido. No entanto, o movimento nacionalista irlandês saiu vitorioso na Guerra Anglo-Irlandesa (1918-1991). Como resultado o sul da Irlanda ganhou estatuto de Estado Livre e proclamou sua independência em 1949, com o nome de República da Irlanda. A Irlanda do Norte permaneceu sob domínio do Reino Unido, com autonomia limitada.
Na Irlanda do Norte 54% da população é protestante e 46%, católica. Em geral os primeiros querem permanecer vinculados ao Reino Unido e os últimos querem independência. Ao conflito nacionalista de resistência a Inglaterra somou-se o conflito religioso, que assumiu um caráter de guerra civil.
Durante muito tempo o IRA teve uma atuação pacífica. No final dos anos 1960, a população católica da Irlanda do Norte intensificou o movimento pelos direitos civis e contra leis discriminatórias impostas pelos protestantes. Após o chamado Domingo Sangrento, em 30 de Janeiro de 1972, quando soldados britânicos abriram fogo contra uma manifestação de católicos e mataram 13 pessoas.
Desde então o IRA transformou-se na mais atuante e temida organização terrorista da Europa, fez vários atentados contra alvos ingleses, sempre tentando afastar o domínio britânico da Irlanda do Norte e anexá-la à República da Irlanda.

A fragmentação da União Soviética
A União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) foi criada como desdobramento da Revolução Russa de 1917. com a vitória dos revolucionários sob a liderança de Lênin (1870 – 1924) e consequente ascensão ao poder do Partido Comunista da União Soviética (PCUS), o capitalismo foi abolido, a economia foi estatizada e, depois, planificada.
Do ponto de vista político, o país se transformou numa ditadura de partido único, passou a ser governado exclusivamente pelo PCUS, sediado em Moscou.
Em 1985, Mikhail Gorbatchev assumiu o cargo de secretário geral do PCUS, dando início as reformas do plano político e econômico.
Ø Plano Político – Glasnost (Transparência)

Ø Plano EconômicoPerestroika (Reestruturação)




O mundo bipolar começou a ruir com a queda do Muro de Berlim, em 1989, e desmoronou totalmente com o fim da União Soviética em 1991.






A questão Separatista da Chechênia
1ª Guerra – 1994 – 1996
2ª Guerra – 1999
Guerrilheiros terroristas invadem uma teatro em 2003 em Moscou e em 2004 invadiram uma escola na cidade de Beslam, na Ossétia do Norte. Ao todo morreram 450 pessoas nesses ataques, 150 no 1º e 300 no 2º.
Por que a Rússia não aceita a independência da Chechênia?
Território localizado próximo do Cáucaso (cordilheira que separa a Europa da Ásia) e do Mar Cáspio, é estratégico para Moscou.
Questões políticas. A independência desse território poderia estimular novos movimentos separatistas, motivados por questões étnicas.

A fragmentação da Iugoslávia
A Iugoslávia foi criada numa região da Europa chamada Bálcãs, inicialmente com o nome de Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos. Em 1929, foi adotado o Reino do Iugoslávia. Após a Segunda Guerra mundial, com a chegada dos comunistas ao poder, adotando a economia planificada, controlado pelo Estado, e o regime de partido único.
Territorialmente o país foi organizado em seis repúblicas, que abrigavam as etnias majoritárias – Sérvios, Croatas, Eslovenos, Eslavos Mulçumanos, Macedônicos e Montenegrinos -, com capital em Belgrado da Sérvia. Mais tarde, foram criadas duas regiões autônomas na Sérvia: Kosovo e Voividina, que abrigavam, respectivamente, albaneses e húngaros, etnias majoritárias nessas regiões, mas minoritárias no conjunto do país.
A antiga Iugoslávia era um grande mosáico de etnias, línguas, religiões e costumes. Apesar de o país não fazer parte do bloco soviético, os ventos liberalizantes da glasnost e da perestroika também chegaram lá.
E as minorias historicamente oprimidas pelos sérvios resolveram expressar suas aspirações. Na Iugoslávia, eram marcantes as diferenças religiosas entre sérvios (ortodoxos), eslovenos e croatas (cristãos), bósnios, macedônicos e albaneses (mulçumanos). Essas diferenças foram o ponto central dos vários conflitos no país.
Em 1991, a Eslovênia declarou sua independência. Ainda naquele ano, a atitude eslovena foi seguida pela Croácia e pela Macedônia e em 1992, pela Bósnia-Herzegovina, levando ao desmembramento da federação Iugoslávia.
Desde então a Iugoslávia ficou restrita às repúblicas da Sérvia e de Montenegro. Nos anos 90, ocorreram duas guerras étnicas, a da Bósnia (1992-1995), em que os Sérvios se confrontaram com os bósnios e os croatas, e a de Kosovo (1999), envolvendo os sérvios e a minoria albanesa habitante dessa província iugoslava, que professa o islamismo.Em 2002, na tentativa de evitar nova fragmentação, o governo iugoslavo concedeu maior autonomia às duas repúblicas que formam o país, cujo nome foi mudado para Sérvia e Montenegro. Que tinham políticas externas e de defesa comuns, e mantinham moedas e economia independentes, e hoje em dia formam dois países distintos.

Conflitos no Oriente Médio
Sem dúvida é uma das regiões mais tensas e conflituosas do planeta, com guerras frequentes e atuação de grupos terroristas. Além de ser uma região estratégica, porque concentra aproximadamente dois terços das reservas mundiais de petróleo, não bastasse é uma área diversificada do ponto de vista étnico.
Após a derrota do Império Otomano na Primeira Guerra mundial, o Oriente Médio ficou sob o controle das potências imperialistas européias: Reino Unido e França. Nas décadasde 1930 e 1940, com a vitória de movimentos nacionalistas, foram constituídos vários novos Estados na região. Os árabes, a etnia predominante, ficaram divididos em vários Estados. Os limites dos novos Estados foram fixados segundo acordos firmados entre as potências colonizadoras e os chefes políticos dos clâs mais poderosos da região. Por exemplo, a Arábia Saudita ficou com o clã al-Saud (Do qual se origina seu próprio nome); o Kuwait, com a família al-Sabah etc. Alguns povos que não tinham poder e influência, acabaram ficando sem território próprio. Como é o caso dos curdos e palestinos.

A questão dos curdos.
Curdistão é o nome dado a uma região que abrange territórios da Turquia, do Iraque, do Irã, da Síria e da Armênia.




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Nessa região, vivem cerca de 25 milhões de pessoas, o que compõem a maior nação sem Estado do mundo. O Tratado e Sèvres (1920) definia a autonomia do Curdistão, mas não foi posto em prática. No Tratado de Lausanne (1923), por causa da pressão da Turquia, já não havia menção ao Curdistão; as potencias européias retrocederam e os curddos ficaram sem Estado.
Além da oposição dos países onde eles vivem e da histórica omissão das potências mundiais, falta unidade entre os próprios curdos: há diversas facções rivais que historicamente lutam entre si.

Em território turco, onde vive a maioria dos curdos (eles são quase 20% da população da Turquia), atua um grupo guerrilheiro, o Partido dos Trabalhadores do Curdistão, que luta pela autonomia deste território desde a década de 1980, quando iniciou suas atividades, fez diversos ataques terroristas contra alvos do governo turco. Em 2002 mudou de nome para Congresso para a Liberdade e a Democracia do Curdistão e passou a atuar apenas politicamente.

Na porção iraquiana há dois grupos curdos que desde os anos 1990 lutam pela hegemonia no movimento de resistência ao governo de Bagdá: a União Patriótica do Curdistão e o Partido Democrático do Curdistão. O movimento separatista foi duramente reprimido pelo governo de Saddam Hussein. Somente nas eleições de dezembro de 2005 esses grupos deixaram suas divergências de lado e formaram uma coalizão para representar os curdos no novo parlamento iraquiano e lhes garantir maior participação política. Os EUA também não apóiam o separatismo curdo no Iraque para não fragmentar o país nem criar precedente que fortaleça o movimento separatista curdo na Turquia.

A questão palestina e os conflitos entre árabes e judeus.
Israel precisa encarar a tragédia palestina de frente e dizer: 'Excetuando o suicídio, faremos tudo que pudermos para curar essa tragédia'. Vejo o conflito entre Israel e Palestina em 1948 como tragédia, porque foi um conflito entre o certo e o certo. Tanto palestinos quanto israelenses foram responsáveis por ele. Foi um conflito entre duas nações profundamente feridas, histéricas, aterrorizadas. Nenhum lado pode ter grande orgulho do que fez em 1948. Precisamos ver como poderemos curar essas feridas, lidando com os refugiados palestinos. Esses refugiados deveriam ser retirados de seus campos de refugiados agora mesmo, antes mesmo de sabermos quais serão as fronteiras exatas de uma futura Palestina. (...) É isso que é urgente, e não a culpa. Culpa é o que não falta: há o suficiente para todos.
Amós Oz. "Tragédia iguala todos na culpa", Folha de S. Paulo, 23 abr. 1998, p. 10.

A criação unilateral do Estado de Israel em 1948 levou ao acirramento dos conflitos no Oriente Médio. Contando com o apoio incondicional dos Estados Unidos, assim como da ex-URSS para o estabelecimento de um lar judeu na Palestina, tarefa essa realizada pela então recém-fundada ONU, em 1947. Essa concordância aumentou sobretudo pelo sofrimento vivido pelos judeus durante a Segunda Guerra Mundial, quando do Holocausto. Discordando da criação do Estado de Israel, os árabes travaram a primeira de uma série de guerras que se seguiram, mas ao final do conflito os palestinos ficaram sem território, lançado-se na diáspora. Atualmente, eles compõem o maior contingente de refugiados do mundo de um único povo, cerca de 3,5 milhões de pessoas.



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Entre as guerras envolvendo árabes e israelenses, a de 1967 - denominada Guerra dos Seis Dias - acentuou as rivalidades por envolver territórios de outros países. Ao final do embate, Israel invadiu a Península do Sinai (Egito), a Faixa de Gaza, a Cisjordânia e as Colinas de Golã (Síria). Contra essas ocupações, o Conselho de Segurança da ONU compôs a resolução 242 (1967), que exigia a retirada imediata das áreas ocupadas, mas o governo israelense jamais cumpriu tal exigência e nem por isso sofreu represálias.À medida que a conjuntura política se alterou, também a evolução dos conflitos sofreu mudanças drásticas. Após a morte de Nasser, a presidência de Anuar Sadat firmou com Israel o acordo de Camp David (Estados Unidos), em 1979, acertando a devolução dos territórios do Sinai. Esse acordo, visto pelos árabes como traição do governo do Egito à causa palestina, resultou no assassinato de Sadat em 1981. No ano seguinte, Israel invadiu o sul do Líbano, onde realizou massacres em 18 anos de ocupação, findos apenas em meados de 2000.

A situação dos palestinos confinados em áreas precárias - cujos recursos hídricos estão sob controle israelense, há altos índices de desemprego e total subjugo aos judeus - resultou na eclosão da Intifada ("revolta das pedras"). Durante alguns anos, os palestinos, sobretudo os jovens, enfrentaram as forças armadas israelenses nos territórios invadidos. Situação tremendamente desigual, que chamou a atenção da "comunidade internacional" para as condições de vida da população palestina. A resistência palestina, reunida em torno da Organização para Libertação da Palestina (OLP), criada nos anos sessenta e liderada por Yasser Arafat, deu ao povo palestino a dimensão de identidade coletiva.

Terminada a Guerra Fria e reduzido o apoio incondicional dos Estados Unidos a Israel, iniciaram-se conversações para o estabelecimento de um processo de paz. As primeiras reuniões ocorreram em Madri, em 1991. Dois anos depois, o líder palestino Yasser Arafat e o primeiro-ministro israelense Itzhak Rabin (1922-1995) firmaram o Acordo de Oslo I, em setembro de 1993, sob o patrocínio de Washington. O aperto de mãos entre os dois representou simultaneamente o reconhecimento do Estado de Israel por parte da OLP (pois na carta de fundação da organização estava prevista a destruição do Estado judeu) e a aceitação da OLP por parte de Israel, como legítima representante do povo palestino. No ano seguinte, a Autoridade Nacional Palestina passou a controlar alguns territórios da Cisjordânia e a Faixa de Gaza.

O segundo acordo de Oslo (set. 1995), ampliou as áreas em questão e estabeleceu um cronograma para a retirada das tropas israelenses de porções da Cisjordânia. Porém, o assassinato de Rabin em novembro de 1995 abalou a política interna e repercutiu sobre o "processo de paz". Nas eleições do ano seguinte, sob uma nova onda de atentados contra alvos judeus, Benyamín Netanyahu (1996-99), do partido de direita Likud, acabou eleito e jogou um balde de água nas conversações. Além de estimular a criação de novas colônias judias em territórios palestinos, ele se referia a Arafat como terrorista.

A eleição de Ehud Barak em maio 1999, do Partido Trabalhista, favorável ao processo de paz, retomou as negociações. Inclusive, um corredor foi criado ligando a Faixa de Gaza à Cisjordânia. Mas o apoio interno de Barak diminuiu em meados de 2000. E o ponto central da questão palestina, ou seja, a declaração do Estado palestino em setembro de 2000, foi postergada. Arafat já havia declarado simbolicamente o Estado palestino em 1988, quando estava exilado.

Para o intelectual palestino Edward Said, crítico do processo, a paz corrupta de Arafat com Israel perdoou o movimento sionista por tudo que fez aos palestinos, a começar pela destruição de sua sociedade e a expulsão obrigatória de 70% deles da Palestina, em 1948, e acrescenta: nunca poderá haver paz entre os árabes palestinos e os judeus israelenses (e os muitos partidários da diáspora) até que se reconheça publicamente que a forma pela qual Israel despojou, oprimiu e roubou o povo palestino é uma questão de política de Estado.(...) Enquanto se negar ou se evitar encarar de frente a realidade básica - que Israel existe, como Estado judeu, graças ao fato de haver suplantado os direitos de todos os palestinos com um direito judaico 'superior' -, não pode haver nem conciliação nem coexistência verdadeira. (Folha de S. Paulo, 12 out. 1997, p. 1-25).

A onda de distúrbios ocorrida na segunda quinzena de setembro de 2000, quando o exército israelense reprimiu duramente manifestações palestinas na Cisjordânia e em Jerusalém, causando a morte de mais de uma centena de palestinos, inclusive de crianças indefesas, parece corroborar a tese de Said. Concessões significativas e a renúncia de Israel a ter um Estado exclusivamente judeu parecem ser o ponto-chave para uma verdadeira paz.

É muito difícil um acordo de paz nessa região, pois há radicais dos dois lados. Do lado palestino há três organizações que tem sido responsáveis por ataques terroristas contra a população israelense: o Hamas, a Jihad Islâmica e as Brigadas dos Mártires de al-Aqsa (grupo armado ligado a Fatah). Esses grupos são contrários a qualquer concessão a Israel e acreditam que os judeus devem ser expulsos da Palestina.

Do lado de Israel há os fundamentalistas religiosos que tem feito ataques contra árabes. Eles são contrários a qualquer concessão aos palestinos e acreditam que a “terra santa” só pertence aos judeus. Foram contrários à retirada dos colonos judeus que viviam em gaza e em alguns assentamentos na Cisjordânia, portanto em territórios já oficialmente devolvidos aos palestinos.

Todos vídeos, imagens e citações deste e de outros posts tem função meramente ilustrativa, lúdica e/ou sintética. Jamais foram, são ou serão alusão, demonstração ou sentimento de causa por e para algum veículo de comunicação específico ou aparelho ideológico. Igor Peixe

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Energia e Meio Ambiente: Geração de Energia Elétrica


Geração Elétrica (Abastecimento)
Hidrelétricas

As usinas hidrelétricas (ou hidroelétricas) são sistemas que transformam a energia contida na correnteza dos rios, em energia cinética que irá movimentar uma turbina e, esta um gerador que, por fim, irá gerar energia elétrica.
A construção da usinas hidrelétricas se dá sempre em locais onde podem ser aproveitados os desníveis naturais dos cursos dos rios e deve-se ter uma vazão mínima para garantir a produtividade. De acordo com o potencial de geração de energia podemos classificar as hidrelétricas em: PCH’s, ou Pequenas Centrais Hidrelétricas, que operam em uma faixa de geração de 1 a 30 MW e com um reservatório de área inferior a 3km²; e GCH’s, ou Grandes Centrais Hidrelétricas, que operam com potências acima de 30MW.
A maior hidrelétrica do mundo é a Itaipu Binacional (Brasil e Paraguai), com capacidade de geração de 12.600 MW.
As hidrelétricas podem receber classificações ainda, de acordo com o tipo de queda ou o tipo de reservatório, mas o princípio de funcionamento é o mesmo: a água, armazenada em um reservatório (represa), passa pela turbina fazendo-a girar. A turbina por sua vez, está acoplada a um gerador que transforma a energia da turbina em energia elétrica.
Os principais componentes das usinas hidrelétricas, também são quase sempre os mesmos: a barreira, ou represa, onde fica armazenada a água que irá gerar a energia e é, na maioria das vezes, aproveitado para atividades de lazer pela população, assim como, é também o maior responsável pelo impacto ambiental de uma usina; o canal, por onde a água passa assim que a porta (ou comporta) de controle é aberta enviando água para o duto que a levará às turbinas; turbinas, geralmente do tipo “Francis” (com várias lâminas curvas em um disco que ao serem atingidas pela água, giram em torno de um eixo) e que fazem cerca de 90 RPM (rotações por minuto); geradores, eles possuem uma série de ímãs que produzem corrente elétrica; um transformador elevador, que aumenta a tensão da corrente elétrica até um nível adequado à sua condução até os centros de consumo; fluxo de saída, (ou tubo de sucção) que conduz a água da turbina até a jusante do rio; e as linhas de transmissão, que distribuem a energia gerada.







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Geração Elétrica (Abastecimento)
Termelétricas






Usina Termoelétrica ou Usina Termelétrica é uma instalação industrial usada para geração de energia elétrica/eletricidade a partir da energia liberada em forma de calor, normalmente por meio da combustão de algum tipo de combustível renovável ou não renovável.
Há vários tipos de usinas termelétricas, sendo que os processos de produção de energia são praticamente iguais porém com combustíveis diferentes. Alguns exemplos são: Usina a óleo; Usina a carvão; Usina nuclear e Usina a gás.


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Geração Elétrica (Abastecimento)
Termonucleares








Existem duas formas de aproveitar a energia nuclear para convertê-la em calor: A fissão nuclear, onde o núcleo atômico se subdivide em duas ou mais partículas, e a fusão nuclear, na qual ao menos dois núcleos atômicos se unem para produzir um novo núcleo.
A fissão nuclear do urânio é a principal aplicação civil da energia nuclear. É usada em centenas de centrais nucleares em todo o mundo, principalmente em países como a França, Japão, Estados Unidos, Alemanha, Brasil, Suécia, Espanha, China, Rússia, Coréia do Norte,Paquistão e Índia, entre outros. A principal vantagem da energia nuclear obtida por fissão é a não utilização de combustíveis fósseis.
Considerada como vilã no passado, a Energia Nuclear passou gradativamente a ser defendida por ecologistas de renome como James E. Lovelock por não gerarem gases de efeito estufa. Estes ecologistas defendem um virada radical em direção à energia nuclear como forma de combater o aquecimento global.
A nova geração de usinas nucleares, denominada G3+, incorpora conceitos de segurança passiva, pelos quais todos os sistemas de segurança da usina são passivos, o que as tornam intrinsecamente seguras. A próxima geração (G4), ainda em projeto conceitual, será baseada nos chamados Reatores Rápidos, que podem usar combustível já utilizado nas usinas atuais e reprocessados.
Num reator nuclear de fissão utiliza-se o urânio natural, na maior parte dos casos - uma mistura de U-238 e de U-235 - por vezes enriquecido com extra U-235. O U-238 tem tendência para absorver os neutrões de alta velocidade originados pela divisão dos átomos U-235, mas não absorve nêutrons lentos tão rapidamente. Assim, num reator é incluída uma substância moderadora que, juntamente com o urânio, abranda os nêutrons. O U-238, por sua vez, já não os absorve tão facilmente e a cisão continua.
Um reator nuclear de fissão apresenta, essencialmente, as seguintes partes:
Combustível: Isótopo fissionável e/ou fértil (aquele que pode ser convertido em fissionável por ativação neutrônica): Urânio-235, Urânio-238, Plutônio-239, Tório-232, ou misturas destes (o combustível típico atualmente é o MOX, mistura de óxidos de urânio e plutônio).
Moderador: Água, água pesada, hélio, grafite, sódio metálico: Cumprem a função de reduzir a velocidade dos neutrões produzidos na fissão, para que possam atingir outros átomos fissionáveis mantendo a reação.
Refrigerador: Água, água pesada, dióxido de carbono, hélio, sódio metálico: Conduzem o calor produzido durante o processo até a turbina geradora de eletricidade ou ao propulsor.
Refletor: Água, água pesada, grafite, urânio: Reduz o escapamento de nêutrons aumentando a eficiência do reator.
Blindagem: Concreto, chumbo, aço, água: Evita o escapamento de radiação gama e nêutrons rápidos.
Material de controle: Cádmio ou Boro: Finalizam a reação em cadeia, pois são ótimos absorventes de nêutrons. Geralmente são usados na forma de barras (de aço borado, por exemplo) ou bem dissolvido no refrigerador.
Elementos de Segurança: Todas as centrais nucleares de fissão apresentam múltiplos sistemas de segurança. Os ativos que respondem a sinais elétricos e os passivos que atuam de forma natural como a gravidade, por exemplo. A contenção de betão que rodeia os reatores é o principal sistema de segurança, evitando que ocorra vazamento de radiação ao exterior.

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Tipos de reatores de fissão (Existem outros, aqui segue o exemplo utilizado no Brasil, o modelo que explodiu em Chernobyl e o futuro deles, o acelerador de partículas)

LWR - Light Water Reactors: Utilizam como refrigerante e moderador a água e como combustível o urânio enriquecido. Os mais utilizados são os BWR(Boiling Water Reactor ou Reator de água em ebulição ) e os PWR (Pressure Water Reactor ou Reatores de água a pressão), estes últimos considerados atualmente como padrão. Em 2001 existiam 345 em funcionamento.
RBMK - Reactor Bolshoy Moshchnosty Kanalny: Sua principal função é a produção de plutônio, e como subproduto gera eletricidade. Utiliza grafite como moderador , água como refrigerante e urânio enriquecido como combustível. Pode recarregar-se durante o funcionamento. Apresenta um coeficiente de reatividade positivo. Existiam 14 em funcionamento em 2001.
ADS - Accelerator Driven System: Utiliza uma massa subcrítica de tório. A fissão é produzida pela introdução de nêutrons no reator de partículas através de um acelerador de partículas. Ainda se encontra em fase de experimentação, e uma de suas funções fundamentais será a eliminação de resíduos nucleares produzidos em outros reatores de fissão.



Fontes alternativas


Enviro Mission
Situada no deserto da Austrália, esta usina de energia solar será a mais alta construção do mundo e também a mais ambiciosa obra para gerar eletricidade a partir de uma fonte não poluente.. O maior projeto de produção de energia solar do planeta está sendo tocado em Mildura, no meio do deserto australiano. Uma torre de 1 quilômetro de altura por 130 metros de diâmetro, que será a mais alta construção do mundo quando ficar pronta, em 2009, será erguida no centro de um imenso painel solar, de 20 quilômetros quadrados. Se tudo correr como o previsto, o calor gerado pelo painel formará uma corrente de ar de até 50 quilômetros por hora na enorme chaminé, o bastante para movimentar 32 turbinas, gerar 200 megawatts de energia e abastecer até 1 milhão de pessoas.
O gigantismo do projeto dá uma idéia de quanto fontes renováveis como o sol e os ventos começam a merecer atenção e se tornar viáveis.


Energia Geotérmica
















                             Será? 

Usina de ondas (energia Maremotriz)




Energia limpa é tema de encontro entre autoridades do Brasil

Reunião foi na segunda-feira (17/08/2009), no Recife; na pauta de debate estavam os desafios e as oportunidades nos setores de biocombustíveis

Da Redação do pe360graus.com

O uso da energia limpa, que agride menos o ambiente, foi tema de uma discussão em Pernambuco na segunda-feira (17). Autoridades de todo o país estiveram no Recife para falar sobre os desafios e as oportunidades nos setores de biocombustíveis. Participaram do encontro o presidente do Sindicato das Indústrias do Açúcar e do Álcool de Pernambuco (Sindaçúcar), Renato Cunha, e o superintendente da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Florival Rodrigues.

Eles defendem o uso do bagaço da cana-de-açúcar para a fabricação de etanol, que é usado como combustível para os motores flex e que também pode ser utilizado para motores estacionários em sistemas isolados, como destacou Renato Cunha. “No futuro Fernando de Noronha poderia ter o etanol como combustível para poder gerar energia”, disse.

O presidente do Sindaçúcar e o superintendente na ANP também defendem a produção do biodiesel no Nordeste que recentemente foi favorecido por uma resolução do Conselho Nacional de Política Energética que determinou o aumento de até 4% de biodiesel utilizado no Brasil.

A decisão é para diminuir a poluição do ambiente. “O diesel, o petróleo, têm um percentual de enxofre que contamina o ambiente através de emissões de particulados e principalmente das chuvas ácidas e quando se coloca uma mistura de combustível, que é o caso do biodiesel que é isento de enxofre, você consequentemente está diminuindo a poluição atmosférica", explicou Florival Rodrigues.

Para certificar que essa determinação está sendo obedecida a Agência Nacional do Petróleo realiza dois tipos de controle: via balanço de compras e vendas. “Quando uma distribuidora compra uma determinada quantidade de diesel tem que obrigatoriamente ter os 4% de biodiesel que ela compra nos leilões que a ANP faz regularmente. Além desse controle fiscal e de balanço de quantidades, há também os laboratórios de combustíveis espalhados pelo Brasil inteiro que faz essa análise de qualidade determinando se aquele diesel tem os 4% de biodiesel", disse o superintendente na ANP.

ENERGIA SOLAR

Outra alternativa para a diminuição do impacto negativo da produção de energia no ambiente é o uso de energia solar. No Recife, na Cidade Universitária, uma casa já funciona com o uso da energia solar. Além de melhor para o ambiente, o uso dessa tecnologia também reduz a conta de energia. “Essa forma de geração de energia elétrica está crescendo muito no mundo. No caso específico da casa, onde se tem 5,5 metros quadrados de área que capta o sol, é possível reduzir até 40% da conta de energia elétrica quando se faz uma média anual”, disse o professor Heitor Scalambrini Costa.

Apesar de chamar atenção para o fato de que qualquer tipo de energia é poluente, o professor defende o uso de alternativas que agridam menos o ambiente. “Qualquer tipo de energia polui, mas temos que procurar a que menos agride o ambiente, e sem dúvida a energia solar para a produção de energia elétrica é a que menos polui”, defendeu.

Apesar da produção de energia solar ser interrompida à noite e diminuída em dias de chuva, neve ou em locais com poucas horas de sol, esse tipo de energia ainda é o mais indicado como alternativa à energia convencional, por ter uma fonte inesgotável de energia, utilizar equipamentos de baixa manutenção e abastecer locais aonde a rede elétrica comum não chega.

“Lamentavelmente nós escutamos essa semana autoridades governamentais dizendo que vão instalar no Nordeste minas de energia nuclear para a geração elétrica. Eu considero que tanto para o Brasil, quanto para o Nordeste,essa fonte para gerar energia elétrica não é desejável quando a gente vê a quantidade de sol, de vento, de biomassa, principalmente a produção da bioeletricidade, que seria a queima do bagaço que nós fazemos muito pouco no Brasil e no Nordeste”, disse Heitor Scalambrini.

Confira os principais tipos de energia limpa:

O sol pode ser aproveitado como fonte de calor e de luz. A energia solar é abundante e permanente, renovável a cada dia, não polui e nem prejudica o ecossistema. A energia luminosa pode ser transformada em energia elétrica ou mecânica.

A energia eólica é gerada com a força dos ventos. Eles giram pás de grandes cataventos que acionam um gerador, produzindo corrente elétrica. É uma fonte de energia que pode abastecer lugares onde a rede elétrica comum não chega.

As águas do mar também geram energia limpa. Movimentam turbinas que acionam geradores de eletricidade, num processo parecido com o da energia eólica.

O biogás, resultado da transformação de excrementos de animais e lixo orgânico, como restos de alimentos, em uma mistura gasosa, que substitui o gás de cozinha, derivado do petróleo.

Os biocombustíveis, com a geração de etanol e biodiesel para veículos a partir de produtos agrícolas (como semente de mamona e cana-de-açúcar) cascas, galhos e folhas de árvores,que sofrem processos físico-químicos.