terça-feira, 17 de junho de 2008





“Resumão do Peixão:” FLUXOS


Para que não restem dúvidas, e que vocês notem que o assunto sobre Globalização, principalmente os fluxos de capitais, tanto produtivos quanto especulativos, não são complicados quanto parecem, vai aqui uma super síntese.

Lembro a todos que essa síntese não deverá ser copiada na ficha, espero que absorvam o assunto, busquem entender sua construção.

Fluxos de capitais produtivos.

Também conhecido como investimento estrangeiro, pois estamos tratando do fluxo entre países, pois obviamente existem fluxos entre cidades, estados e regiões.
Esses investimento estrangeiros, ou externos vem crescendo principalmente desde o fim da II Grande Guerra, concomitante ao surgimento das grandes empresas/indústrias multinacionais.

Esses investimentos externos, segundo o nosso livro didático, é a face mais visível da globalização, pois se materializam em instalações industriais, redes de lojas, supermercados, lanchonetes, hidrelétricas e etc. (Lembrem-se, esta é a parte mais visível da globalização).

E por que existe tanto empenho em investir em capitais produtivos?Simples, porque esse fluxo gera riquezas e estimula o crescimento econômico, criação de empregos, aumento da arrecadação de impostos, etc. E ainda pode aumentar o volume de divisas, reservas em moeda forte, principalmente o Dólar e o Euro, caso a produção esteja voltada para a exportação, ou pelo menos parte dela.

Logo, os principais agentes do fluxo de capital produtivo são as multinacionais e as transnacionais, que vocês poderão estudar no livro, nas páginas 72 e 73 do capítulo 4*, contudo, tais empresas investem de forma diferenciada fora do seu país-sede, vimos em sala que elas podem investir em mão-de-obra barata e em grande quantidade, que não requer alta especialização, visando o incremento do lucro, e também os incentivos fiscais que os paises em desenvolvimento costumam ceder, bem como as facilidades para a exportação. E também vimos que elas instalam-se em países desenvolvidos por causa do seu amplo mercado consumidor.

Fluxos de capitais especulativos.

Conhecido também como fluxo financeiro, é o que talvez melhor represente a globalização, em razão da sua velocidade e de quantidade de circulação. Hoje é muito fácil transferir grandes quantidades de dinheiro, pois o dinheiro tornou-se eletrônico, virtual, nada mais que informação que circula em tempo real, não se sabe ao certo quanto o volume de capital que circula no mundo, estima-se em 1,5 trilhão de dólares por dia. E as possibilidades de se investir de forma especulativa são em ações, em moedas, em títulos da dívida pública, etc. Vejam no livro nas páginas 74 e 75 do capítulo 4*, o que significa especular nesse caso.

Os capitais especulativos quase não geram empregos e tendem a tornar vulnerável a economia dos países, especialmente os emergentes. Na maioria das vezes, os operadores das empresas financeiras retiram o dinheiro dos países no memento em que eles mais precisam de capital.


SUPER HYPER ULTRA MEGA COLOSSAL MONSTER DELUXE TURBO LUXO SÍNTESE "bizú":

Fluxo de capital produtivo - que tem origem em prestação de serviço ou venda de produto.


Fluxo de capital especulativo - das bolsas de valores, valorização de imóvel, circulação financeira.


Fluxo de capital - que não tem origem em prestação de serviço ou venda de produto.



* - Para aqueles que por aqui passam e não sabem o material usado por nós, é o livro, Trilhas da Geografia, de João Carlos Moreira e Eustáquio de Sene, Espaço Geográfico e Globalizado. 8ª Série, 9º ano do Ensino Fundamental.


sexta-feira, 6 de junho de 2008


O QUE ESTÁ POR TRÁS DA CRISE MUNDIAL DE ALIMENTOS?
Atualmente você ouve muito sobre a crise financeira mundial. Mas há outra crise mundial em andamento -e está prejudicando muito mais pessoas.Eu falo sobre a crise de alimentos. Nos últimos dois anos os preços do trigo, milho, arroz e outros alimentos básicos dobraram ou triplicaram, com grande parte do aumento ocorrendo nos últimos poucos meses. Os altos preços dos alimentos incomodam até mesmos os americanos relativamente prósperos, mas são realmente devastadores nos países pobres, onde os alimentos freqüentemente são responsáveis por mais da metade das despesas de uma família.Já há ao redor do mundo tumultos causados por alimentos. Os países fornecedores de alimentos, da Ucrânia até a Argentina, estão limitando as exportações em uma tentativa de proteger os consumidores domésticos, levando a protestos furiosos dos produtores rurais -e tornando as coisas ainda piores nos países que precisam dos alimentos importados.Como isto aconteceu? A resposta é uma combinação de tendências de longo prazo, azar e política ruim.Vamos começar pelas coisas que não são culpa de alguém.Primeiro, há a marcha dos chineses comedores de carne -isto é, o crescente número de pessoas nas economias emergentes que estão, pela primeira vez, ricas o bastante para começarem a comer como os ocidentais. Como são necessárias cerca de 700 calorias em ração animal para produzir um bife de carne bovina de 100 calorias, esta mudança na dieta aumenta a demanda geral por grãos.Segundo, há o preço do petróleo. A agricultura moderna é altamente intensiva em energia: muita BTU (unidade térmica britânica) é usada na produção de fertilizante, na operação de tratores e no transporte dos produtos agrícolas aos consumidores. Com o petróleo persistentemente acima de US$ 100 o barril, os custos de energia se tornaram o principal fator por trás dos aumentos dos custos agrícolas.Os altos preços do petróleo, a propósito, têm muito a ver com o crescimento da China e de outras economias emergentes. Direta e indiretamente, estas potências econômicas em ascensão estão competindo com o restante de nós por recursos escassos, incluindo petróleo e terras agrícolas, elevando os preços de matérias-primas de todo tipo.Terceiro, houve uma seqüência de condições meteorológicas adversas em áreas-chave de cultivo. A Austrália, em particular, normalmente a segunda maior exportadora de trigo do mundo, vem sofrendo uma seca épica.OK, eu disse que estes fatores por trás da crise dos alimentos não são culpa de ninguém, mas não é bem verdade. A ascensão da China e de outras economias emergentes é a principal força por trás do aumento dos preços do petróleo, mas a invasão ao Iraque -que seus proponentes prometeram que levaria a petróleo mais barato- também reduziu a oferta de petróleo abaixo do que estaria caso contrário.E o clima ruim, especialmente a seca australiana, está provavelmente relacionado à mudança climática. Assim, políticos e governos que ficaram no caminho da ação contra os gases do efeito estufa têm alguma responsabilidade pela escassez de alimentos.Mas onde os efeitos de políticas ruins estão mais claros é na ascensão do demônio etanol e outros biocombustíveis.A conversão subsidiada de produtos agrícolas em combustível deveria promover a independência energética e ajudar a limitar o aquecimento global. Mas esta promessa era, como colocou a revista "Time", um "embuste".Isto é particularmente verdadeiro em relação ao etanol de milho: mesmo nas estimativas otimistas, a produção de um galão de etanol de milho usa grande parte da energia que o galão contém. Mas, na verdade, até mesmo políticas de biocombustíveis aparentemente "boas", como a usada pelo Brasil com o etanol de cana-de-açúcar, aceleram o ritmo da mudança climática ao promover o desmatamento.E enquanto isso, a terra usada para cultivo de ração e biocombustível é terra não disponível para o cultivo de alimentos, de forma que os subsídios aos biocombustíveis são um grande fator na crise dos alimentos. Seria possível colocar desta forma: as pessoas estão passando fome na África para que políticos americanos possam cortejar eleitores nos Estados rurais.Ah, e em caso de você estar se perguntando: todos os candidatos presidenciais que restam são terríveis nesta questão.Mais uma coisa: um motivo para a crise dos alimentos ter ficado tão severa, tão rapidamente, é que os grandes agentes no mercado de grãos se tornaram complacentes.Governos e mercadores privados de grãos costumavam manter grandes estoques em tempos normais, para o caso de uma safra ruim criar uma escassez repentina. Mas ao longo dos anos, foi autorizado que estes estoques preventivos encolhessem, principalmente porque todos acreditavam que os países que sofressem quebra de safra sempre poderiam importar o alimento necessário.Isso deixou o equilíbrio mundial de alimentos altamente vulnerável a uma crise que afeta muitos países ao mesmo tempo -da mesma forma que a negociação de títulos financeiros complexos, que deveriam afastar o risco por meio da diversificação, deixaram os mercados financeiros mundiais altamente vulneráveis a um choque por todo o sistema.O que deve ser feito? A necessidade mais imediata é de mais ajuda para as pessoas em dificuldades: o Programa Mundial de Alimentos da ONU fez um apelo desesperado por mais fundos.Nós também precisamos reagir contra os biocombustíveis, que revelaram ser um erro terrível.Mas não está claro quanto precisa ser feito. Alimento barato, assim como o petróleo barato, pode ter se transformado em algo do passado.


Fonte:
Paul Krugman

New York Times,08/04/2008

Uol Mídia Global

Tradução: George El Khouri Andolfato

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Datas





Lembrando que os Trabalhos sobre Globalização (8ª's Séries), E sobre Bacias Hidrográficas (7ª's Séries) - Do Colégio Apoio - Não serão mais aceitos, as datas foram finalizadas. As provas estão em processo final de correção e deverão ser entregues neste dia 06/06, exceto as da 7ª B, que foram realizadas no dia 05/06.

Os trabalhos sobre deverão ser entregues nos dias 19 ou 20, visto que merecem uma apreciação mais detalhada, lembrando que as cópias literais de sites serão sumariamente desconsideradas.
E Atentem para os exercícios que já foram passados, a qualquer momento eles podem ser cobrados.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Bem vindos.


Olá pessoal, venho através deste canal, trazer mais uma fonte para nossas informações, sugestões e reclamações. E claro, que tudo esteja ligado a Disciplina de Geografia, a Ciência geográfica e assuntos afins. Por aqui vocês serão lembrados de datas, trabalhos e tarefas a serem entregues, lembrando que mesmo assim, todas as anotações na agenda serão necessárias. Desde já vamos aproveitar.