terça-feira, 23 de março de 2010




O Sistema Solar é constituído pelo Sol e pelo conjunto dos corpos celestes que se encontram no seu campo gravitacional, e que compreende os planetas, e uma miríade de outros objetos de menor dimensão entre os quais se contam os planetas anões e os corpos menores do Sistema Solar (asteróides, transnetunianos e cometas)
Ainda não se sabe, ao certo, como o sistema solar foi formado.

Existem várias teorias, mas apenas uma é atualmente aceita. Trata-se da Teoria Nebular ou Hipótese Nebular. Essa teoria diz que:

O Sol começou a brilhar quando o núcleo atingiu 10 milhões de graus Celsius, temperatura suficiente para iniciar reações de fusão nuclear. A radiação acabou por gerar um vento solar muito forte, conhecido como "onda de choque", que espalhou o gás e poeira restantes das redondezas da estrela recém-nascida para os planetas que se acabaram de formar a partir de enormes colisões entre os protoplanetas.

Os planetas

Os principais elementos celestes que orbitam em torno do Sol são os oito planetas principais conhecidos atualmente cujas dimensões vão do gigante de gás Júpiter até ao pequeno e rochoso Mercúrio, que possui menos da metade do tamanho da Terra.

Até Agosto de 2006, quando a União Astronômica Internacional alterou a definição oficial do termo planeta, Plutão era considerado o nono planeta do Sistema Solar. Hoje é considerado um planeta anão, ou um planetóide, por ser muito pequeno.



Próximos do Sol encontram-se os quatro planetas telúricos, que são compostos de rochas e silicatos, são eles Mercúrio, Vênus, Terra e Marte.

Depois da órbita de Marte encontram-se quatro planetas gasosos (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno), que são uma espécie de planetas colossais que se podem dividir em dois subgrupos: Júpiter-Saturno e Urano-Netuno.

Mercúrio é o mais próximo do Sol, a uma distância de apenas 57,9 milhões de quilômetros, enquanto Netuno está a cerca de 4,5 bilhões de quilômetros.

Jornada ao Sistema Solar from Igor Peixe on Vimeo.







As luas e os anéis

Satélites naturais ou luas são objetos de dimensões consideráveis que orbitam os planetas. Compreendem pequenos astros capturados do cinturão de asteróides, como as luas de Marte e dos planetas gasosos, até astros capturados da cinturão de Kuiper como o caso de Tritão de Netuno ou até mesmo astros formados a partir do próprio planeta através do impacto de um protoplaneta, como o caso da Lua da Terra.

Os planetas gasosos têm pequenas partículas de pó e gelo que os orbitam em enormes quantidades, são os chamados anéis planetários, os mais famosos são os anéis de Saturno.

Corpos menores

A classe de astros chamados "corpos menores do sistema solar" inclui vários objetos diferenciados como são os asteróides, os transnetunianos, os cometas e outros pequenos corpos.

Asteróides

Os asteróides são astros menores do que os planetas, normalmente em forma de batata, encontrando-se na maioria na órbita entre Marte e Júpiter e são compostos por partes significativas de minerais não-voláteis. A região em que orbitam é conhecida como Cinturão de Asteróides. Nela localiza-se também um planeta anão, Ceres, que tem algumas características próprias de asteróide, mas não é um asteróide. Estes são subdivididos em grupos e famílias de asteróides baseados em características orbitais específicas. Nota-se que existem luas de asteróides, que são asteróides que orbitam asteróides maiores, que, por vezes, são quase do mesmo tamanho do asteróide que orbitam.







Centauros

Os centauros são astros gelados semelhantes a cometas que têm órbitas menos excêntricas e que permanecem na região entre Júpiter e Netuno, mas são muito maiores que os cometas. O primeiro a ser descoberto foi Quíron, que tem propriedades parecidas com as de um cometa e de um asteróide.

Transnetunianos

Os transnetunianos são corpos celestes gelados cuja distância média ao Sol encontra-se para além da órbita de Netuno, com órbitas superiores a 200 anos e são semelhantes aos centauros.

Pensa-se que os cometas de curto período sejam originários desta região. Os planetas anões Plutão e Éris encontram-se, também, nesta região.

O primeiro transnetuniano foi descoberto em 1992. No entanto, Plutão, que já era conhecido há quase um século, orbita nesta região do sistema solar.

Cometas

A maioria dos cometas tem três partes:
um núcleo sólido ou centro;
uma cabeleira, ou cabeça redonda que envolve o núcleo e consiste em partículas de poeira misturadas com água, metano e amoníaco congelados;
uma longa cauda de poeira e gases que escapam da cabeleira.



Os cometas são compostos largamente por gelos voláteis e com órbitas bastante excêntricas, geralmente com um periélio dentro das órbitas dos planetas interior e com afélio para além de Plutão. Cometas com pequenos períodos também existem; contudo, os cometas mais velhos que perderam todo o seu material volátil são categorizados como asteróides. Alguns cometas com Órbitas hiperbólicas podem ter sido originados de fora do Sistema Solar.

Meteoróides

Os meteoróides são astros com dimensão entre 50 metros até partículas tão pequenas como pó. Astros maiores que 50 metros são conhecidos como asteróides. Controversa continua a dimensão máxima de um asteróide e mínima de um planeta. Um meteoróide que atravesse a atmosfera da Terra passa a se denominar meteoro; caso chegue ao solo, chama-se meteorito.

Princípios Geográficos

No século XIX, do surgimento da Geografia como ciência, fez-se necessária a fixação de princípios metodológicos, que conferem-lhe o devido caráter científico. Os princípios formulados são os seguintes:

O princípio da extensão, concebido por Friedrich Ratzel (1844-1904). O princípio reza que é preciso delimitar o fato a ser estudado, localizando-se-o na superfície terrestre.

O princípio da analogia, também chamado Geografia Geral, exposto por Karl Ritter (1779-1859) e Paul Vidal de La Blache (1845-1918). Estes autores mostraram que é preciso comparar o fato ou área estudada com outros fatos ou áreas da superfície terrestre, em busca de semelhanças e diferenças.

O princípio da causalidade, formulado por Alexander von Humboldt (1769-1859), que diz respeito à necessidade de explicar o porquê dos fatos.

O princípio da conexidade ou interação, apresentado por Jean Brunhes (1869-1930). Segundo ele, os fatos não são isolados, e sim inseridos num sistema de relações, tanto locais quanto interlocais.

O princípio da atividade, formulado também por Brunhes, que afirma ter os fatos um caráter dinâmico, mutável, o que demanda o conhecimento do passado para a compreensão do presente e previsão do futuro.

O objeto material da Geografia é a Terra, a superfície terrestre, e seu objeto formal são as relações aí processadas. Com outras palavras, o objeto formal da Geografia é o estudo das relações locais (verticais) de fatores que diferenciam um lugar de outro, e das relações horizontais entre os lugares ou áreas.

Das diferentes interpretações da relação homem x espaço surgiram duas concepções geográficas:

A Escola Determinista, fundada por Ratzel, em 1822, que, como o nome indica, sugere que o espaço natural determina as formas de sua ocupação por parte do homem. Destarte, os povos do litoral seriam necessariamente pescadores, os de planalto criadores e os de planície mais naturalmente agricultores. O fascismo italiano do período entre guerras atacou veementemente essa teoria, negando que a Itália estaria fadada a ser uma potência de terceira ordem em função da não disponibilidade de carvão em seu território.

A Escola Possibilista, defendida primeiramente por La Blache e depois pela escola francesa que ele criara, não negava a influência que a natureza exercia sobre o homem, mas este pode escolher e modificar o espaço físico, conforme suas capacidades.

Percebe-se claramente que as duas concepções não exprimem uma verdade geográfica absoluta, uma vez que se baseam em momentos históricos diferentes, em que a ocupação do espaço pelo homem foi determinada por tal capacidade ou inabilidade. Ambas devem então ser tomadas como corretas, mas deve-se ter o cuidado de aplicá-las corretamente ao período ou localização estudada.