sábado, 26 de setembro de 2009

Para relaxar...

Há um tempo caiu nas minhas mãos um livro, o título é: Luta nas Classes 1001 maneiras de detonar seu professor. A princípio achei a idéia desse livro ridícula, Mas com um pouco de leitura e ouvindo algumas histórias desse livro comecei a rir, mas a rir muito, quem é professor sabe bem como é que acontece, vou aqui transcrever, na minha opinião, umas das melhores, lembrando que o livro vem dividido por Graus e Pós Graduação... Obviamente os nomes tanto das escolas quanto dos alunos foram mudados para nomes fictícios.
LÁ VAI...

A Chamada: Há milênios, desde que inventaram a chamada, que os alunos fazem piadas sem graça sobre a dita cuja. Aliás, o segredo é esse mesmo: obrigar o professor a ouvir as mesmas gracinhas idiotas, entra ano, sai ano, interminavelmente, SEMPRE. Isso produz a longo prazo um belo efeito cumulativo, que pode antecipar em alguns bons anos de aposentadoria dos mestres, por invalidez mental. As mais comuns são responder “presunto” ou “presidente” em vez de “presente”, e toda vez que o professor chamar o número 24, seja quem for o infeliz, fazer a maior zoada. Os nomes estranhos e poucos comuns podem provocar a mesma gritaria, aula após aula, semana após semana, mês após mês. E como toda turma sempre tem um aluno com o nome complicado, é uma distração muito interessante ficar esperando o momento em que o mestre vai ter de chamar o próprio. Se o professor errar, a reação tem que ser uma gritaria infernal.A turma do terceiro ano do segundo grau da Escola São Cristóvão, de Lambari MG, combinou o seguinte jogo: cada aluno deveria responder de maneira diferente ao ouvir o seu nome na chamada. O aluno que fizesse alguma repetição teria que dançar lambada nu na hora do intervalo. O primeiro é claro disse “presente” daí em diante foi “eu”, “aqui”, “to aqui”, “pronto”, “oi”, “opa”, “falou mestre”, “olha eu aqui”, “tamos ai professor”, etc. o problema é que haviam 72 alunos na classe, e as palavras foram se esgotando. Perto do fim da chamada o professor já estava ouvindo coisas como “Estou aqui querido mestre, muito satisfeito de ter comparecido a sua adorável aula”, “Eis-me presente, mais uma vez, a esta cerimônia educacional”, “como haveria eu de faltar, em minha ânsia de preencher meu ignóbil espírito com os quitutes de conhecimento que vossa majestade transmitr-me-á?” O professor foi passando de uma irritação inicial para um fúria assassina, e se descontrolou por completo quando, já no finalzinho da chamada (e da aula, pois a chamada a essa altura já tinha tomado 43 minutos), o aluno Zoroastro disse, em tom muito eloqüente: “Oh céus, vede aqui minha pessoa destrambelhada possuída pelo afrodisíaco afã supra-renal de um hiperbolóide luminescente nos qüinqüênios da virtude pornográfica! Hosanas! Hosanas!”.
“Hosanas é o cassete”, retrucou o professor, partindo para encher Zoroastro de porrada e desta forma se privando de ouvir os versinhos obscenos que Zwinglio, o ultimo da lista, tinha preparado com imenso cuidado.

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